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por antecipa��o, um bergsoniano. Quer viver a din�mica da
ascens�o em sua continuidade: n�o lhe basta descrever es-
tados. Um leitor bastante sens�vel dever� ent�o tomar todas
as imagens em sua virtude de decolagem, na solicita��o de
um movimento ascensional. como um constante convite a
um futuro a�reo.
Sem d�vida deveremos tolerar, no meio da narrativa,
uma sobrecarga de discuss�es filosóficas, at� mesmo de dis-
cuss�es cient�ficas entre um partid�rio das doutrinas de
Newton e um partid�rio das doutrinas de Swedenborg. Era
indispens�vel que Balzac colocasse em contrapartida um
monstro de erudi��o. H� no romance um personagem que
leu ''"todo Swedenborg"1. � o pastor Becker. Ele � ateu. �
incr�dulo. L� as obra? do Iluminado, fumando seu cachim-
bo e tomando cerveja, enquanto sua filha Minna debrua
panos sob a l�mpada que queima óleo de peixe. O pastor l�
Swedenborg como um precursor do psiquiatra Gilbert
Bailei11, feliz por ter em m�os um "'belo caso'*, para poder
sorrir doutamente das id�ias fixas. Mas quando a narrativa
se torna erudita, o interesse propriamente din�mico se des-
faz. Mais uma vez, � preciso tomar S�raphUa como expe-
ri�ncia din�mica. � ent�o que todo o voluntarismo de Balzac
se mostra, n�o nas violentas lutas da sociedade, n�o em um
conflito de paix�es personalizadas, mas verdadeiramente na
subst�ncia de um ser que deve n�o apenas perseverar em seu
ser. mas encontrar seu próprio devenir de ser sobre-humano.
Para ser efetivamente um esp�rito, � necess�rio que o ser
humano seja uma vontade toda voltada para seu destino, �
necess�rio que seja uma vontade de juventude, uma vontade
de regenera��o. As p�ginas de Swedenborg sobre a regene-
ra��o foram com certeza meditadas por Balzac. Ele faz delas
a esperan�a mesma de sua própria vontade. Em certos as-
pectos, S�raphita � a regenera��o pelo divino, exatamente o
sim�trico da regenera��o sat�nica que Balzac descreveu em
Le Centenaire.
Tal medita��o sobre a regenera��o do ser humano pela
vontade nada tem em comum com uma medita��o orienta]
do ser. N�o encontraremos os bons impulsos em pa�ses de
ricas vegeta��es, seguindo o vegetalismo do crescimento
lento Hl. Para viver a ascens�o swedenborguiana. � preciso
104 O DIREITO DE SONHAR
o inverno met�lico, o frio que aumenta as montanhas tor-
nando-as mais abruptas, mais reluzentes, num pa�s onde h�,
como diz Balzac, picos "cujos nomes d�o frio". Mas esses
cumes s�o, por isso mesmo, excita��es da vontade para o
homem heróico. Dando apoio � terrestre Minna, S�raphit�s
entra em cena como uma flecha que voa acima dos abismos
da geleira. Toda a narrativa est� "condicionada"  no es-
tilo da moderna psicologia  por uma luta contra o abismo,
na dial�tica das imagens de queda e de pecado. Unia f�sica
da moral confere corpo a todos os preceitos morais. A mais
f�sica das ascens�es � ent�o uma prepara��o para a assun��o
final.
Assim, tudo se anima em "correspond�ncias" entre o
c�u e a terra. O tema das "correspond�ncias", que desem-
penha papel t�o importante na poesia baudelairiana, � um
elemento fundamental da cosmologia balzaquiana. Mas, en-
quanto em Baudelaire trata-se sempre de correspond�ncias
sens�veis, de correspond�ncias de alguma forma horizontais
em que os diferentes sentidos recebem um do outro sutis
refor�os, era Balzac as "correspond�ncias" s�o verticais; s�o
swedenborguianas. 0 princ�pio delas pertence essencialmente
ao reino celeste: "O reino do c�u, diz Balzac citando
Swedenborg, � o reino dos motivos. A a��o transcorre no
c�u e da� no mundo, e, gradativ�mente, nos infinitamente
pequenos da terra; os efeitos terrestres estando ligados �s
suas causas celestes fazem com que tudo seja correspondente
e significante. O homem � o meio de uni�o entre o natural
e o espiritual." Cabe ao filósofo sentir "a insufla�ao prof�-
tica das correspond�ncias". Esse sopro � que, depois de ter
"'exaurido" o homem interior, confirma-o em sua aptid�o
para a verticalidade : "Somente o homem, diz Balzac, tem
o sentimento da verticalidade colocado num órg�o especial."
� sobre esse eixo de verticalidade toda dinamizada que �
necess�rio acolher todas as correspond�ncias que fervilham
no texto balzaquiano. Essas imagens realmente preparam os
pensamentos. Ao reviv�-las como Balzac as viveu, recebe-se
a extraordin�ria li��o de uma imagina��o que pensa.
" S�fiAPHiTA" IO� [ Pobierz całość w formacie PDF ]

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  • Copyright � 2016 Wiedziała, że to nieładnie tak nienawidzić rodziców, ale nie mogła się powstrzymać.
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